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CAFÉ: COMERCIALIZAÇÃO DA SAFRA
2007/08 ATINGE 76% NO BRASIL
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A comercialização da safra de café 2007/08 (julho/junho) do Brasil está em 83% do total. O dado faz parte do levantamento mensal de SAFRAS & Mercado, com base em informações colhidas até 29 de fevereiro. O ritmo dos negócios está acima de igual período de 2007, quando 72% da safra 2006/07 estava comercializada. O mês de janeiro havia encerrado com comercialização de 76% da safra.
Com isso, já foram comercializadas 30,67 milhões de sacas, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2007/08 de café brasileira de 37,1 milhões de sacas.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os negócios fluíram bem ao longo de fevereiro, com o produtor aproveitando a alta para fixar negócios no disponível. A menor safra junto à disparada das cotações contribuem para o ritmo mais acelerado na comercialização este ano na comparação com ano passado. Além disso, muito do café vendido pelos produtores se acumula dentro dos armazéns de exportadores e indústrias, que nesse principio de 2008 elevaram suas aquisições, antecipando-se a um eventual aperto na oferta para o final da temporada, diz Barabach.
No Espírito Santo, cita o analista, alguns exportadores e até indústrias acumularam compras entre 300 a 500 mil sacas para café a ser escoado nos próximos meses, mas ainda dentro dessa safra. Vislumbram a oportunidade de exportação gerada pela subida do preço do café robusta no mercado internacional e na incapacidade do Vietnã de atender a demanda no curto prazo.
O bom momento do mercado serviu também para estimular os negócios com safra nova. Foi grande a movimentação de produtores com Cédula do Produtor Rural (CPR), contratos de venda futura antecipada e até trava de venda em mercados futuros, particularmente na BM&F.
Os negócios com CPR de café do Banco do Brasil totalizam 1,033 milhão de sacas nesse ano de 2008. Desse total, 79% (813 mil sacas) trata-se da modalidade produto (vinculada diretamente a uma liquidação física futura). Segundo Barabach, não foi só CPR que atraiu o interesse de venda. Houve muito negócio antecipado da safra nova com apenas fixação de preço, sem antecipação de recursos que caracteriza o contrato de CPR. .O momento também foi bom para as operações com troca de insumo, o que também levou a um comprometimento da safra futura.
A alta nos preços e o receio em torno do abastecimento fizeram a demanda externa aparecer com mais vontade na ponta compradora. No Brasil, a melhora no preço motivou a venda e levou a uma maior flexibilidade nos vendedores. Isso deu vazão aos negócios, em proporção ao alargamento dos diferenciais de venda no FOB exportação. O exportador procura amarrar a negociação antecipada externa com um comprometimento físico interno. O principal instrumento é a CPR, mas muitos agentes optaram pela fixação antecipada junto ao produtor.
No total, somando CPR, troca por insumo e vendas futuras antecipadas o produtor brasileiro já comprometeu entre 8 a 9 milhões de sacas de café da safra 2008/09, acredita Barabach.
BRASIL: EVOLUÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO DE CAFÉ -BASE PRODUTOR -SAFRA 2007/08
- em milhões de sacas de 60 quilos - base 29 de fevereiro -
Produção*
Comercializado
Fevereiro
Janeiro
2007
Estado
Minas Gerais
16,50
13,30
81
74
70
- Sul/Oeste
7,90
6,20
78
71
66
-Cerrado
3,00
2,40
80
75
72
-Zona da Mata
5,60
4,70
84
77
76
Espírito Santo
10,20
8,55
84
75
75
- arábica
2,00
1,60
80
75
73
- conillon
8,20
6,95
85
74
75
São Paulo
3,10
2,50
81
77
65
Paraná
1,80
1,58
88
86
83
Bahia
2,25
1,85
82
76
77
- arábica
1,60
1,30
81
75
70
- conillon
0,65
0,55
85
77
86
Rondônia
1,50
1,47
98
97
99
Outros
1,75
1,42
81
74
78
- arábica
0,65
0,52
80
74
75
- conillon
1,10
0,90
82
75
80
ARÁBICA
25,65
20,80
81
75
70
CONILLON
11,45
9,87
86
77
79
TOTAL
37,10
30,67
83
76
72
Fonte: Corretores e cooperativas
* Projeções: SAFRAS & Mercado
Obs: números parciais sujeitos a retificação
inclui café já entregue e também por entregar
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Notícia Postada em 17/03/2008 por:
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